Olá, olá. Fui a África e voltei e não vos disse nada mas, voltei finalmente para vos contar a minha viagem!
Desde já aconselho a todos que tenham oportunidade de fazerem voluntariado internacional, em qualquer que seja o país tenho a certeza que vão voltar de lá muito mais ricos e com imensas histórias e lições de vida.
Como já vos tinha dito lancei-me nesta experiência completamente sozinha e sem saber muito bem para o que ia. Embarquei no aeroporto de Lisboa rumo a Roma, para fazer a minha primeira escala, um bocadinho assustada. Lá tive a minha primeira experiência de passar os controlos da emigração para sair da Europa, é stressante e temos sempre medo de que alguma coisa esteja mal, principalmente nesta altura de covid em que é preciso tanta documentação e, porque ia numa companhia aérea completamente desconhecida para mim (fui pela TAP até Roma e depois mudei para a Qatar Airways), quando entrei no avião fiquei realmente assustada, porque era um avião enorme, porque era completamente diferente daquilo que estava habituada e porque comecei a perceber que estava a ir para o outro lado do Equador durante um mês sem nenhumas certezas de que iria correr tudo bem. Voltei a fazer escala no Qatar, depois de 6 longas horas de viagem, mas que na verdade passam a correr porque temos à nossa disposição imensos filmes e comida durante todo o voo. Cheguei ao Qatar às 23.50h (20h50 de Portugal) e fiquei impressionada porque no Duty Free apenas vendem ouro (SIM, ouro!).
Tinha 2h30 de escala pela frente, no maior aeroporto em que já tinha estado e tinha de apanhar um metro dentro do aeroporto para ir para o terminal onde apanharia o voo seguinte mas, para entrarem no aeroporto do Qatar têm de passar pela segurança toda outra vez e, eles são realmente rigorosos com a segurança lá, por isso, recomendo uma escala mínima de 2h! Já no terminal certo o tempo passou a correr e quando dei por mim estava dentro do avião seguinte rumo a Zanzibar e aqui já mais excitada do que nervosa (e também muito cansada). Esperavam-me 5 horas de voo, e iria chegar à ilha às 8h10 da manhã (5 da manhã em Portugal).
O voo não era dos mais confortáveis, mas dormi pelo menos 3h e soube-me pela vida!
Tinha vestido umas leggings pretas, uma sweat e uma T-shirt e achava que estava muito bem assim mas, assim que saí do avião em Zanzibar percebi que tinha vindo completamente para o desconhecido. Nunca tinha experienciado aquele calor na minha vida e achei que nunca me iria adaptar àquele clima, porque realmente é muito difícil de respirar com tanto calor e, principalmente depois de uma viagem de 18 horas mas, ainda tinha que passar os controlos de emigração, fazer o visto de entrada no país e ir buscar as minhas malas.
Para fazer o visto foi relativamente fácil, apenas temos de preencher um papel à entrada do aeroporto e entregar aos senhores da emigração que carimbam o passaporte e nos entregam uma senha para o pagamento do visto (50 dólares), este visto tem a duração máxima de 90 dias, apenas é necessário colocar no visto que estamos a entrar no país por motivos de turismo, uma vez que eles não aceitam estrangeiros que venham para fazer voluntariado no país.
Quando saí do aeroporto e já depois de perder a minha Sweater fui encontrar-me com o taxista da instituição que me levaria para a nossa casa (a 2h30 de distância).
O resto da minha aventura venho-vos contar mais tarde..
Até (muito) breve, Margarida!