Margarida Sousa
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Olá a todos, aqui volto, passado imenso tempo, para contar toda a minha experiência por Zanzibar, como prometi. 
Demorei imenso tempo a escrever este post principalmente, porque existem tantas coisas para dizer sobre Zanzibar, Kizimkazi e, acima de tudo, sobre a CR Hope que foi a minha segunda casa durante 1 mês!
A viagem entre o aeroporto e a instituição demora cerca de 1 hora porque Kizimkazi - casa da CR Hope - fica no sul da ilha, uma pequena aldeia piscatória e que, na verdade, é muito pouco conhecida entre os turistas.
Quando cheguei, exausta de uma viagem muito longa, estava muito ansiosa e, tenho tantas histórias para contar desde o início - quem me conhece sabe que sou a rainha de histórias vergonhosas e, ainda bem que em Zanzibar não foi exceção porque não teria tanta piada se assim não fosse. 
O que dizer da minha chegada? Fui super bem recebida e, principalmente, senti-me integrada desde o início e criei amigos excecionais, que ainda hoje falo com eles, o que me deixa muito feliz e sou muito grata por isso.

Tínhamos aulas todos os dias a partir das 8:30 da manhã e cada voluntário tinha a sua turma - as turmas vão dos mais pequenos (KG1) até aos maiores (Standard 2) - e, depois da primeira semana podemos escolher ficar sempre na mesma turma ou ir trocando entre as turmas durante as várias semanas de voluntariado. Eu fiquei sempre com os meus bebés do KG1, mas fui das poucas que tomou essa opção. A verdade é que criei uma grande ligação com a minha turma e nunca pensei que assim fosse, sou sincera, ainda hoje recebo fotografias deles e tenho vontade de voltar. 
Como devem imaginar, uma turma de crianças entre os 3 e os 5 anos tem tudo para ser uma confusão mas, era uma confusão que me mudou completamente. As crianças em Zanzibar são as crianças mais dadas, mais felizes e mais agradecidas que eu já conheci e, vivem com tão pouco.


Estive na CR Hope 3 semanas e consegui conhecer completamente a realidade da escola mas, felizmente, também tive a oportunidade de sair da escola e conhecer a realidade da população que vive na aldeia e, acreditem, é uma realidade muito muito diferente. Vivem com o mínimo possível, a maioria não tem eletricidade ou água potável e, alguns nem têm teto nas casas ou camas para dormir mas vivem como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo. Enquanto voluntários fomos fazer uma distribuição de arroz pela aldeia e, fiquei realmente impressionada, existiram crianças a suplicar-me por arroz, a roubar arroz e várias a seguirem-nos esperando um pouco mais de arroz provavelmente, porque não é um bem a que eles tenham acesso facilmente. Muitas famílias em Zanzibar ganham pouco, são apenas os homens que trabalham e a maioria gasta o dinheiro que tem em bebidas alcoólicas, sobrando pouco ou nada para a restante família. 


A educação em Zanzibar é paga e cara, algumas famílias não tem possibilidade de a pagar e, é aí que entra a CR Hope, apenas estão na instituição as crianças mais desfavorecidas e que não teriam acesso a educação caso não existisse esta escola e, a educação devia ser um bem essencial, porque eu vi tanto potencial nos miúdos que estão na escola. Deviam puder sonhar e saber que existe alguém que os apoie a concretizar esses sonhos, serem cozinheiros, professores, médicos, dançarinos, tudo o que eles quiserem! 

Relativamente à vida na instituição, é muito diferente da realidade europeia, obviamente, foram várias as vezes que não tivemos luz de manhã, não existia água quente - e na verdade não era preciso, com tanto calor - e por vezes não tínhamos água. Mas não mudava nada, a não ser provavelmente uma ventoinha portátil nas aulas ahah. O quarto tinha lagartos e isso tornou-se na coisa mais normal mas, a princípio, não era nada normal (perguntem à minha colega de quarto a minha reação). 
A comida, bem nem sei bem o que dizer sobre este ponto, mas massa com atum é muito bom durante 1 mês, acreditem. Sou muito sensível ao picante e, digamos que a comida em Zanzibar é especialmente picante. E, nunca tentem uma sobremesa na ilha. 

                                                   

Aos fins de semana, todos os voluntários iam conhecer outras partes da ilha, normalmente ficávamos em hotéis ou casas e partilhávamos quarto dois a dois ou até três a três. Os hotéis não são nada caros, comparados com o nível de vida europeia, o mais caro que paguei foi na parte norte da ilha - por ser também a parte mais turística - e, ainda assim, pagámos cada um cerca de 60 dólares, com pequeno almoço incluído.
                      
                                                    
     

4 semanas passaram a voar e, apesar de cada vez mais voluntários do grupo começarem a ir embora só me caiu a ficha que vinha embora no dia anterior ao voo. Fizemos um jantar de despedida num restaurante local e, sou muito agradecida por ter criado os amigos que criei mas, por ter tido a sorte de conhecer o fundador da CR Hope e por tantas memórias juntos.
Para a minha colega de quarto, a Paula, ainda hoje falamos todos os dias e ainda me faltam as palavras para lhe agradecer todas as histórias que temos, todas as danças e músicas e por tantas vezes me ter salvado das vacas à porta do quarto. 

Quando vim embora chorei e chorei durante todo o voo até ao Qatar, por ter de dizer adeus àquela casa e pessoas que me deram a melhor experiência da minha vida. 
Para o ano voltarei, mas até lá espero que muitos de vocês tenham esta oportunidade e se tiverem dúvidas espero que isto vos faça dar um salto de fé e conhecerem a minha Paulita, a minha Sasha e todos os meus bebés.

                                                
    
                                                                                                                Beijinhos, Margarida!

Ps: Deixo aqui, a música criada pela CR Hope recentemente: https://youtu.be/awnaEG7YE6c




Olá, olá. Fui a África e voltei e não vos disse nada mas, voltei finalmente para vos contar a minha viagem!
Desde já aconselho a todos que tenham oportunidade de fazerem voluntariado internacional, em qualquer que seja o país tenho a certeza que vão voltar de lá muito mais ricos e com imensas histórias e lições de vida.
Como já vos tinha dito lancei-me nesta experiência completamente sozinha e sem saber muito bem para o que ia. Embarquei no aeroporto de Lisboa rumo a Roma, para fazer a minha primeira escala, um bocadinho assustada. Lá tive a minha primeira experiência de passar os controlos da emigração para sair da Europa, é stressante e temos sempre medo de que alguma coisa esteja mal, principalmente nesta altura de covid em que é preciso tanta documentação e, porque ia numa companhia aérea completamente desconhecida para mim (fui pela TAP até Roma e depois mudei para a Qatar Airways), quando entrei no avião fiquei realmente assustada, porque era um avião enorme, porque era completamente diferente daquilo que estava habituada e porque comecei a perceber que estava a ir para o outro lado do Equador durante um mês sem nenhumas certezas de que iria correr tudo bem. Voltei a fazer escala no Qatar, depois de 6 longas horas de viagem, mas que na verdade passam a correr porque temos à nossa disposição imensos filmes e comida durante todo o voo. Cheguei ao Qatar às 23.50h (20h50 de Portugal) e fiquei impressionada porque no Duty Free apenas vendem ouro (SIM, ouro!).
Tinha 2h30 de escala pela frente, no maior aeroporto em que já tinha estado e tinha de apanhar um metro dentro do aeroporto para ir para o terminal onde apanharia o voo seguinte mas, para entrarem no aeroporto do Qatar têm de passar pela segurança toda outra vez e, eles são realmente rigorosos com a segurança lá, por isso, recomendo uma escala mínima de 2h! Já no terminal certo o tempo passou a correr e quando dei por mim estava dentro do avião seguinte rumo a Zanzibar e aqui já mais excitada do que nervosa (e também muito cansada). Esperavam-me 5 horas de voo, e iria chegar à ilha às 8h10 da manhã (5 da manhã em Portugal). 
O voo não era dos mais confortáveis, mas dormi pelo menos 3h e soube-me pela vida! 
Tinha vestido umas leggings pretas, uma sweat e uma T-shirt e achava que estava muito bem assim mas, assim que saí do avião em Zanzibar percebi que tinha vindo completamente para o desconhecido. Nunca tinha experienciado aquele calor na minha vida e achei que nunca me iria adaptar àquele clima, porque realmente é muito difícil de respirar com tanto calor e, principalmente depois de uma viagem de 18 horas mas, ainda tinha que passar os controlos de emigração, fazer o visto de entrada no país e ir buscar as minhas malas.
Para fazer o visto foi relativamente fácil, apenas temos de preencher um papel à entrada do aeroporto e entregar aos senhores da emigração que carimbam o passaporte e nos entregam uma senha para o pagamento do visto (50 dólares), este visto tem a duração máxima de 90 dias, apenas é necessário colocar no visto que estamos a entrar no país por motivos de turismo, uma vez que eles não aceitam estrangeiros que venham para fazer voluntariado no país.
Quando saí do aeroporto e já depois de perder a minha Sweater fui encontrar-me com o taxista da instituição que me levaria para a nossa casa (a 2h30 de distância).
O resto da minha aventura venho-vos contar mais tarde..

                                                                                                                Até (muito) breve, Margarida!


 

Olá a todos, depois de muito tempo ausente decidi voltar para vos contar a minha mais recente aventura: África. E espero puder partilhar esta minha aventura de um mês com vocês!

Decidi ir para Zanzibar sem saber muito bem para o que ia. Os que me conhecem sabem que tenho tendência para tomar decisões sem pensar muito nelas e, neste caso, foi precisamente isso que aconteceu. 
Inscrevi-me para fazer voluntariado com a associação ‘Para Onde’ e, depois de me inscrever, decidi contar aos meus pais o que ia fazer, afinal, já não podia desistir não é? 
Não fazia ideia do que era viajar sozinha, nunca tinha saído da Europa e muito menos para fazer algo do género. Mas sentia que estava na hora de fazer algo. Não por ser Assistente Social, mas por ter vontade de fazer a diferença em alguém e em mim própria, porque sentia que há mais de 2 anos que não era o melhor que podia ser e sabia que precisava de ir embora para aprender mais com quem tem tanto para me ensinar.
Decidi que a minha mudança passava pela CR Hope Foundation e, escrevo isto, sentada em frente ao Oceano Índico com a sensação que esta foi a melhor decisão que tomei na vida. Estou aqui há 1 semana e já aprendi tanto, que sorte que tenho em aprender todos os dias com estas crianças que vivem com tão pouco. 



Espero que continuem aí a acompanhar-me nesta jornada, vou-vos contando tudo.

                                                    Até a um próximo post,
                                          Margarida Sousa.

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